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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dizer-se cristão e viver como pagão provoca escândalo

“Todo cristão, qualquer que seja a sua vocação, tem sempre que saber perdoar e nunca provocar escândalo, porque o escândalo destrói a fé”, disse nesta segunda-feira o papa Francisco em sua homilia na Casa Santa Marta.

Quando diz aos discípulos o que pensa de quem escandaliza os outros, especialmente os indefesos, Jesus adota uma imagem crua em vez de uma expressão adocicada: “É melhor ser jogado ao mar com uma pedra atada ao pescoço”. Ao comentar o evangelho de Lucas, Francisco destacou três palavras: escândalo, perdão e fé. “Ai de quem escandaliza”, afirma Cristo, enquanto São Paulo dá instruções precisas, em sua carta a Tito, sobre o estilo de vida que um sacerdote deve ter: não violento, sóbrio, irrepreensível; ou seja, o contrário do escândalo.

E isto, afirma o papa, vale para todos os cristãos. “O escândalo é professar um estilo de vida, ‘sou cristão’, e viver como pagão, que não crê em nada”. Isto escandaliza porque “falta o testemunho”.
Quando um cristão ou uma cristã que vai à igreja não vive coerentemente, escandaliza. “Quantas vezes ouvimos dizer: ‘Eu não vou à igreja porque é melhor ser honesto e não fazer como este ou aquela que vão à igreja e depois fazem isto, isso e isso…’. O escândalo destrói, destrói a fé! Jesus fala com firmeza: ‘Tenham cuidado, tenham cuidado!’. E nos fará bem repetir isto hoje, porque todos nós somos capazes de causar escândalo”.

Em igual medida, todos também temos que saber perdoar. E perdoar “sempre”, insiste o papa, ecoando as palavras de Cristo, que nos convida a perdoar “sete vezes setenta” se aquele que nos fez o mal nos pedir perdão arrependido. Jesus, observa o papa Francisco, “exagera para nos fazer entender a importância do perdão”, já que “um cristão que não é capaz de perdoar escandaliza; não é cristão”.

“Temos que perdoar porque somos perdoados. Isso está no pai-nosso. Jesus nos ensinou. A lógica humana não entende isto. A lógica humana nos leva a não perdoar, à vingança, ao ódio, à divisão. Quantas famílias divididas por não se perdoarem! Quantas famílias! Filhos afastados dos pais, marido e mulher afastados… E é muito importante pensar nisto: se eu não perdoo, parece que não tenho o direito de ser perdoado ou não entendi o que significa o fato de que nosso Senhor me perdoou”.

“Os discípulos, escutando estas coisas, pediram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé’. Sem a fé não podemos viver sem causar escândalo; a fé que recebemos, a fé em um Pai misericordioso, em um Filho que deu a vida por nós, em um Espírito que está dentro de nós e nos ajuda a crescer; a fé na Igreja, a fé no povo de Deus, batizado e santo”.

“E a fé é um presente. Ninguém pode receber a fé pelos livros ou indo a conferências. A fé é um presente de Deus e por isso os apóstolos pedem a Jesus: ‘Aumenta a nossa fé’”.

(10 de Novembro de 2014) © Innovative Media Inc.

Carlo Acutis, o anjo da juventude

A comovente história do menino que, no leito de morte, ofereceu sua vida pela Igreja e pelo Santo Padre



Algumas pessoas saem da vida para entrar na história; outras, para entrar no céu. Em 12 de outubro de 2006, falecia o jovem Carlo Acutis, vítima de uma grave leucemia. No leito de morte, desejou ardentemente que seus sofrimentos fossem oferecidos a Deus pela Santa Igreja e pelo Papa. O testemunho do rapaz, de apenas 15 anos, comoveu toda a Itália, tornando-o modelo de santidade, sobretudo para a juventude. No momento, a Diocese de Milão, à qual Acutis pertencia, trabalha na sua causa de beatificação.

Carlo Acutis nasceu em Londres, na Inglaterra, a 03 de maio de 1991. Os primeiros dias de vida foram também os primeiros de sua jornada para Deus. Com uma fé católica profundamente arraigada, os pais, André e Antônia, não tardaram a lhe providenciar o batismo, preparando para a ocasião um pequeno bolo em formato de cordeiro, como forma de agradecimento ao Senhor pela entrada do filho na comunidade cristã. Um simbolismo profético. A exemplo do Cordeiro de Deus, o pequeno Acutis também se faria tudo para todos, a fim de completar na própria carne – como diz o Apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do dor – o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja.

Crescendo em Milão, o pequeno Carlo demonstrou as virtudes cristãs desde a infância. Era uma criança alegre, de comportamento suave, que cativava a todos – principalmente as babás – com o seu entusiasmo contagiante. E se algum amiguinho aprontava-lhe uma maldade, sabia colocar a caridade acima do instinto: “o Senhor não seria feliz se eu reagisse violentamente”. Aos 12 anos de idade, a Santa Missa já lhe era o bem mais precioso. Comungava diariamente, haurindo da Eucaristia a graça para uma vida santa.

Tamanha espiritualidade chamava a atenção dos mais próximos. Certa vez, preferiu participar de uma peregrinação a Assis, Itália, a visitar outros lugares para diversão. O comportamento do garoto levava os parentes a considerarem-no uma “vítima dos pais”. Mas não era nada disso. Como confidenciaria a seu diretor espiritual, poucos dias antes de sua derradeira páscoa, Assis era o lugar onde mais se sentia feliz. Juntamente com Nossa Senhora de Fátima, São Francisco era-lhe o grande santo de devoção, principalmente por sua pequenez e humildade.

Vibrante, apaixonado pela vida, tinha no apostolado o fim último de toda a sua ação. Entendera cedo o “chamado universal à santidade”. Daí a disponibilidade para com todos, fazendo-se amigo de qualquer um, mesmo dos mais tímidos. “Ele acreditava no diálogo íntimo com o Senhor – conta um dos colegas – e rezava o rosário todos os dias. Após a morte de Carlo voltei para a Igreja e acho que isso pode ser mérito de sua intercessão”.

No Instituto Liceo Classico Leão XIII, onde iniciou o ensino médio, desenvolveu sua paixão por computadores. Carlo criou um site dedicado aos milagres eucarísticos e à vida dos santos. “Decidi ajudá-los – dizia o jovem na página da internet – compartilhando alguns dos meus segredos mais especiais para aqueles que desejam rapidamente alcançar o objetivo da santidade”. Carlo Acutis insistia na Missa diária, na récita do rosário, na lectio divina, na confissão e no apego aos santos. “Peça ao seu Anjo da Guarda para ajudá-lo continuamente, de modo que ele se torne seu melhor amigo”, recomendava.

Em 2006, com apenas 15 anos, Carlo Acutis descobriria uma grave doença: a leucemia. Confundida inicialmente com uma inofensiva “caxumba”, o mal acabou se alastrando rapidamente, mesmo com os vários tratamentos, causando-lhe a morte em apenas um mês. Às 6:45h de 12 de outubro de 2006, o Senhor o levava para a vida eterna. Perto de falecer, confidenciou aos pais: “Ofereço todos os sofrimentos desta minha partida ao Senhor, ao Papa e à Igreja, para não fazer o Purgatório e ir direto para o Paraíso.”

A postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, Francesca Consolini, afirma que a fé de Carlo Acutis era “singular”: “levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros (…) era sensível aos problemas e as situações de seus amigos, os companheiros, as pessoas que viviam perto a ele e quem o encontrava dia a dia”. O testemunho do rapaz pode ser encontrado na sua biografia, “Eucaristia, minha rodovia para o céu”, escrita por Nicola Gori, articulista do L’Osservatore Romano.
O corpo de Carlo Acutis foi sepultado em Assis, cidade de São Francisco, por sua especial devoção ao santo.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Estado Islâmico ameaça Roma




Em sua revista em língua inglesa o "Estado Islâmico" (IS) realiza uma ameaça de grandes proporções: Roma será conquistada! Muito mais do que um questão política, os radicais reconhecem o simbolismo de uma possível invasão da "Cidade Eterna". Para eles atacá-la é derrotar o cristianismo.

Na imagem a bandeira do "Estado Islâmico" aparece no topo do obelisco que se encontra na praça de São Pedro. O obelisco foi levado do Egito para Roma e encimado por uma cruz, representando a vitória de Cristo sobre o paganismo. Seria agora a bandeira do "IS" um sinal da vitória do islamismo radical sobre a humanidade? O artigo faz afirmações contundentes. As cruzes serão quebradas, as mulheres vendidas e escravizadas. Defende que os ocidentais sejam atacados onde quer que estejam.

Ainda que seja uma ameaça mais retórica do que factual, afinal as chances de uma invasão de Roma são quase nulas, o que o IS pretende é criar uma atmosfera de medo e terror, reafirmando o seu intolerante fundamentalismo que massacra os cristãos.

Fonte: Internet

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Na ONU, Vaticano pede proteção para minorias no Oriente Médio e reação ao terrorismo

O observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, fez um apelo em favor da proteção das minorias religiosas e étnicas no Oriente Médio e de uma reação ao terrorismo internacional.                              


Nova Iorque (RV) - O observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, fez um apelo em favor da proteção das minorias religiosas e étnicas no Oriente Médio e de uma reação ao terrorismo internacional. O pronunciamento do representante vaticano deu-se na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, na sessão dedicada ao Estado de direito.

Como reafirmado um ano atrás pela Assembleia da ONU, a Santa Sé considera o "Estado de direito" de fundamental importância para o diálogo político e a cooperação entre todos os Estados e para reforçar os três pilares fundadores das Nações Unidas: "Paz internacional e segurança, direitos humanos, e desenvolvimento".
No entanto, observou Dom Auza, "permanecem divergências sobre a definição do estado de direito", fundamentado pela Igreja "tanto racional quanto moralmente sobre os substanciais princípios de justiça, inclusos a inalienável dignidade e o valor de cada pessoa humana prioritário a toda lei e consenso social", e, consequentemente, "o respeito ao princípio de legalidade, à presunção de inocência e ao direito a um processo justo".



Dom Auza, observador permanente do Vaticano junto a ONU

No que tange às relações entre os Estados – esclareceu Dom Auza –, "o estado de direito significa o supremo respeito aos direitos humanos, à igualdade de direitos entre as nações, e ao respeito ao direito internacional consuetudinário, aos tratados e às outras fontes de direito internacional".
Por essa razão a Santa Sé pede maior "atenção à pessoa humana e à sociedade em que vive, porque mesmo com as forças de polícia, os tribunais, os juízes, os ministérios públicos e demais infra-estruturas legais, o estado de direito é inalcançável sem confiança social, solidariedade, bom governo e educação moral".
"A família, as comunidades religiosas e a sociedade civil desempenham um papel indispensável na criação de uma sociedade que possa promover a integridade pública e o estado de direito", que deve ser assegurado a todos de modo equitativo e imparcial.
"Em particular, disse o observador vaticano, "me refiro às minorias religiosas e étnicas no Oriente Médio, que esperam medidas urgentes e proteção efetiva."
A Santa Sé invoca – quando os Estados não se encontram em condições de cumprir "o dever primário de proteger a própria população de graves e prolongadas violações e, consequentemente, de crises humanitárias" – que seja a comunidade internacional a intervir, com os meios jurídicos previstos pela carta da ONU e por outros instrumentos internacionais.
O Arcebispo Auza concluiu dizendo esperar "que o alarmante, crescente fenômeno de terrorismo internacional – inédito em algumas expressões e absolutamente insensível em sua barbárie – seja ocasião para um urgente e aprofundado estudo sobre como reforçar os instrumentos jurídicos internacionais para uma aplicação multilateral de nossa comum responsabilidade de proteger os povos de todas as formas de injusta agressão".


Fonte Rádio Vaticana

ENCONTRAMOS JESUS NA ORAÇÃO DA AVE-MARIA

O Rosário é um método simples para contemplar o rosto de Jesus com Maria. Por meio do Rosário, a Mãe de Deus nos leva ao seu Filho, para contemplarmos Sua face e fazer a Sua vontade: “Fazei o que ele vos disser”                 
Contemplar o rosto de Jesus Cristo com a Virgem Maria é, antes de mais nada, recordar os mistérios do Filho, o Verbo de Deus humanado. Essa recordação deve ser entendida no sentido bíblico de memória, do hebraico zikaron, que atualiza as obras realizadas por Deus na história da salvação.
Fazer memória das obras do Senhor era comum na religião do povo de Israel, ao qual Nossa Senhora pertencia. Por isso, os mistérios de Cristo que lhe eram apresentados em termos quase incompreensíveis, “Maria os conservava, meditando-os no seu coração”1. Dessa forma, a Santíssima Virgem foi a primeira a fazer memória, a meditar profundamente os mistérios do Filho de Deus feito Homem, tornando-se para nós Mestra por excelência na contemplação do rosto de Cristo e de Seus santos e divinos mistérios.

A Bíblia, toda ela intimamente ligada à religião judaica, é a narração dos acontecimentos salvíficos, que culminam no memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Esses mistérios não constituem somente um “ontem”, não são apenas recordações de fatos do passado, mas se atualizam no “hoje” da salvação. Essa atualização se realiza de modo privilegiado na Liturgia da Santa Missa. O que Deus realizou, há quase dois mil anos, alcançou não somente as testemunhas diretas dos mistérios de Cristo, mas também, pelo dom da graça, os homens e mulheres de todos os tempos. Todavia, essa atualização não se limita à liturgia, mas acontece nas devoções que têm ligação com esses mistérios. “Fazer memória deles, em atitude de fé e de amor, significa abrir-se à graça que Cristo nos obteve com os seus mistérios de vida, morte e ressurreição”2.
A atualização, o memorial dos mistérios de Jesus Cristo têm, no terço mariano, sua expressão popular mais profunda. Desde tempos imemoriais, rezou-se e tornou-se cada vez mais conhecida e valorizada essa oração tão querida pelo povo de Deus. Sua grande popularidade se deve, principalmente, ao fato de o Rosário ser um método simples para contemplar o rosto de Jesus com Maria. Como método de oração, ele deve ser utilizado para seu verdadeiro fim, ou seja, a contemplação de Cristo, e não como fim em si mesmo. Considerando que o Rosário é fruto da experiência de devoção dos cristãos, há séculos, esse método não deve ser subestimado, pois estão a seu favor a experiência de inumeráveis santos, como São Domingos de Gusmão, São Luís Maria Grignion de Montfort, São Pio de Pietrelcina e São João Paulo II, que praticaram e ensinaram essa piedosa devoção com abundantes frutos espirituais.
A Ave-Maria é o elemento mais encorpado do Rosário, que faz dele uma oração mariana por excelência. Entretanto, o carácter mariano da Ave-Maria não se opõe ao cristológico, mas até o sublinha e exalta. A primeira parte da Ave-Maria, tirada das palavras dirigidas a Maria pelo Anjo Gabriel e por Isabel3, é a contemplação adoradora do mistério de Cristo, que se realiza na Virgem de Nazaré. Essas palavras exprimem a admiração do Céu e da Terra, e transparecem o encanto do próprio Deus ao contemplar a Sua obra-prima – a encarnação do Filho no ventre virginal de Maria –, que nos remete ao olhar contemplativo do Criador4, daquele primordial “pathos com que Deus, na aurora da criação, contemplou a obra das suas mãos”5. “A repetição da Ave-Maria no Rosário sintoniza-nos com esse encanto de Deus: é júbilo, admiração, reconhecimento do maior milagre da história”6. A recitação dessa oração é também o cumprimento da profecia de Maria: “ Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”7.
O “centro de gravidade” da Ave-Maria, uma espécie de “dobradiça” entre a primeira e a segunda parte dessa oração, é o nome de Jesus. Numa recitação precipitada e desatenta, perdemos esse centro e também a ligação com o mistério de Cristo que contemplamos. Dessa forma, deixamos de colher preciosos frutos, pois “é pela acentuação dada ao nome de Jesus e ao Seu mistério que se caracteriza a recitação expressiva e frutuosa do Rosário”8. Nesse sentido, em algumas regiões costuma-se realçar o nome de Cristo, acrescentando, logo depois, uma passagem bíblica que recorda o mistério meditado9. Esse costume é muito louvável, especialmente na recitação pública do Rosário, e exprime, de forma intensa, a fé em Jesus Cristo, aplicada aos diversos momentos da Sua vida. Repetir o nome de Jesus, o único nome do qual se pode esperar a salvação10, juntamente com o nome de Maria, deixando que seja a Mãe a nos levar para o Filho, é um caminho de assimilação que nos faz penetrar cada vez mais profundamente na vida de Cristo. “Dessa relação muito especial de Maria com Cristo, que faz d’Ela a Mãe de Deus, a Theotókos, deriva a força da súplica com que nos dirigimos a Ela depois na segunda parte da oração, confiando à sua materna intercessão a nossa vida e a hora da nossa morte”11.
Assim, a contemplação do rosto de Jesus Cristo com a Virgem Maria é o memorial, a atualização dos mistérios da salvação no hoje da nossa vida. A atualização desses mistérios acontece de modo privilegiado na liturgia, na celebração da Eucaristia, memorial do mistério pascal de Cristo, da Sua Paixão, Morte e Ressurreição. A atualização se dá também naquelas devoções em que são contemplados os mistérios de Cristo. Entre essas devoções, brilha de modo inigualável o Rosário, no qual meditamos com a Virgem Maria os mistérios da nossa salvação. Nele, contemplamos com Maria o rosto humano de Deus. Por meio do Rosário, a Mãe de Deus nos leva ao seu Filho, para contemplarmos Sua face e fazer a Sua vontade: “Fazei o que ele vos disser”12. Por fim, pela oração do Rosário nos confiamos à materna intercessão da Virgem Mãe de Deus junto ao seu amado Filho Jesus Cristo.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Referências:
1. Lc 2, 19; cf. 2, 51.

2. PAPA JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 13.

3. Cf. Lc 1, 28.42.
4. Cf. Gn 1, 31
5. PAPA JOÃO PAULO II. Carta aos Artistas (4 de Abril de 1999), 1: AAS 91 (1999), 1155.
6. PAPA JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 33.
7. Lc 1, 48.
8. PAPA JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 33.
9. Cf. PAPA PAULO VI. Exortação Apostólica Marialis cultus, 46.
10. Cf. At 4, 12.
11. PAPA JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 33.
12. Jo 2, 5.

Por Natalino Ueda, Comunidade Cancao Nova.

Francisco: a oração de louvor é difícil, mas doa alegria

Cidade do Vaticano (RV) - É fácil rezar para pedir graças, mas mais difícil é a oração de louvor: foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã, na Casa Santa Marta.                                      



O Papa dedicou sua homilia à Carta aos Efésios, em que São Paulo eleva com alegria a sua bênção a Deus. Trata-se de uma oração de louvor – observou – uma oração “que nós não fazemos tão habitualmente, mas que, na verdade, é pura gratuidade:
Nós sabemos rezar muito bem quando pedimos coisas, ou mesmo quando agradecemos a Ele, mas a oração de louvor é um pouco mais difícil para nós: não é tão comum louvar o Senhor. E isso nós podemos sentir melhor quando fazemos memória das coisas que o Senhor fez na nossa vida: ‘Nele - em Cristo – nos escolheu antes da criação do mundo’. Bendito és tu, Senhor, porque me escolhestes! É a alegria de uma proximidade paterna e terna”.
“A oração de louvor – prosseguiu – nos leva a esta alegria, a sermos felizes diante do Senhor. Devemos nos esforçar para recuperá-la!” – exclamou Francisco – mas “o ponto de partida” é justamente “fazer memória” desta escolha: “o Senhor me escolheu antes da criação do mundo. Mas isso não se pode entender!”:
Não se pode entender e também não se pode imaginar: que o Senhor tenha me conhecido antes da criação do mundo, que o meu nome estava no coração do Senhor. Esta é a verdade! Esta é a revelação! Se não acreditamos nisso, não somos cristãos, hein! Talvez estejamos impregnados de uma religiosidade teísta, mas não cristã! O cristão é alguém que foi escolhido, eleito no coração de Deus antes da criação do mundo. Também este pensamento enche de alegria o nosso coração: eu sou eleito! E nos dá segurança”.
“O nosso nome - observou o Papa - está no coração de Deus, precisamente nas entranhas de Deus, como a criança está dentro de sua mãe. Esta é a nossa alegria de sermos eleitos”. É algo - continuou - que não se pode entender sozinho com a cabeça. Nem mesmo só com o coração. Para entender isso, é necessário entrar no mistério de Jesus Cristo. O mistério do Seu Filho amado: “Ele derramou o seu sangue em abundância sobre nós, com toda a sabedoria e inteligência, dando-nos a conhecer o mistério da sua vontade’. E esta é uma terceira atitude: entrar no Mistério”:
“Quando nós celebramos a Eucaristia, entramos neste Mistério, que não se pode entender totalmente: o Senhor está vivo, está conosco, aqui, na sua glória, na sua plenitude e doa mais uma vez a sua vida por nós. Esta atitude de entrar no Mistério devemos aprender a cada dia. O cristão é uma mulher, é um homem, que se esforça para entrar no Mistério. O mistério não se pode controlar: é o Mistério! Eu entro”.
A oração de louvor - concluiu o Papa - é, portanto, antes de tudo “oração da alegria”, depois, “oração de memória”: ‘Mas o que o Senhor fez por mim! Com quanta ternura me acompanhou, como se abaixou; curvou-se como o pai se curva para a criança, para fazê-la caminhar’. E, enfim, a oração ao Espírito Santo que nos conceda a “graça de entrar no Mistério, especialmente quando celebramos a Eucaristia”.


Fonte: Rádio Vaticana (Sala de Imprensa do Vaticano).

Audiência: a esperança cristã não é simples otimismo

Aos milhares de fieis reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco ressaltou que a missão da Igreja é manter acesa e à vista de todos a candeia da esperança, que não é simples otimismo.                   



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco deu uma pausa nos trabalhos sinodais para se encontrar nesta quarta-feira, 15 de outubro, com cerca de 30 mil fiéis para a Audiência Geral.

Antes de tomar a palavra, como sempre o Pontífice percorreu toda a Praça S. Pedro a bordo do seu papamóvel para receber e retribuir o carinho dos peregrinos. Ao se dirigir a eles, Francisco discorreu sobre “A noiva à espera do seu noivo”, prosseguindo seu ciclo de catequeses sobre o tema da “Igreja”.
A Igreja, explicou o Papa, é o povo de Deus que segue o Senhor Jesus e que se vai preparando dia após dia para o encontro com Ele, como uma noiva para o seu noivo. E não se trata de simples retórica, mas são verdadeiras núpcias, porque Cristo, fazendo-Se homem como nós e fazendo de todos nós um só com Ele, com a sua morte e ressurreição, desposou verdadeiramente a nossa humanidade e fez de nós a sua esposa.
“’E assim estaremos sempre com o Senhor’: essas palavras de São Paulo estão entre as mais belas do Novo Testamento”, disse o Papa. “Palavras simples, mas com uma densidade de esperança muitos grande”, prosseguiu Francisco, pedindo que a multidão repetisse três vezes essa frase.
Já o livro do Apocalipse apresenta a Igreja como uma noiva preparada para o seu noivo: a noiva, porém, é apresentada não como simples indivíduo, mas como uma cidade, “a nova Jerusalém”.
Sendo a cidade o símbolo por excelência do relacionamento e convivência humanos, acrescentou o Papa, podemos desde já contemplar todas as nações e povos nela congregados como numa tenda, a tenda de Deus. Nesta cidade, não existirá egoísmo, nem prevaricação, nem divisão de qualquer gênero – de natureza social, étnica ou religiosa –, mas todos serão um só em Cristo.
Chega assim à sua plena realização o projeto de comunhão e amor tecido por Deus no decurso de toda a história. A missão da Igreja é manter acesa e à vista de todos a candeia da esperança, que não é simples otimismo. Para um cristão, a esperança é espera fervorosa, apaixonada da realização última e definitiva de um mistério, do mistério do amor de Deus.
“Queridos irmãos e irmãs, eis então o que esperamos: a volta de Jesus!”, disse o Papa, perguntando porém se nossas comunidades vivem esta espera numa atitude calorosa, ou de maneira cansada e resignada.


“Estejamos atentos”, exortou o Pontífice, dirigindo-se a Maria, para que Ela nos mantenha sempre numa atitude de escuta e espera, para participar um dia da alegria sem fim, na plena comunhão com Deus.
“E assim estaremos sempre com o Senhor”, finalizou o Papa, pedindo novamente que os fiéis repetissem mais três vezes esta frase.
Ao final da catequese, o Papa saudou os vários grupos presentes na Praça. Aos de língua portuguesa, disse: “Queridos peregrinos de língua portuguesa e em particular os fiéis das paróquias e associações do Brasil, sede bem-vindos! De coração vos saúdo a todos, confiando ao bom Deus a vossa vida e a dos vossos familiares. Rezai também vós por mim! Que as vossas famílias se reúnam diariamente para a reza do terço sob o olhar da Virgem Mãe, para que nelas não se acabe jamais o óleo da fé e da alegria, que brota da vida dos seus membros em comunhão com Deus!”.
Francisco mencionou ainda seus dois predecessores: João Paulo II, pois no dia 16 de outubro celebra-se o aniversário de sua eleição à Sé de Pedro (em 1978), e Bento XVI, ao saudar os participantes do IV Congresso da Fundação Ratzinger, que terá lugar em Medellín (Colômbia).


Fonte: Rádio Vaticana (Sala de Imprensa do Vaticano).

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Homilia do papa: Não a uma vida cristã cosmética; o que conta é a caridade

Na missa de dia 14 de outubro em Santa Marta o Papa Francisco deixou esta mensagem muito concreta: não a uma vida de aparências, a uma espiritualidade de cosmética, porque o conta é a caridade.



Partindo da passagem do Evangelho de Lucas no capítulo 11 em que o fariseu se admira pelo facto de Jesus não se ter lavado antes da refeição, o Santo Padre recorda que Jesus condena aquela atitude do fariseu que se considera justo apenas porque cumpre pontualmente os rituais:

“Jesus condena esta espiritualidade de cosmética, parecer bons, belos, mas a verdade de dentro é outra coisa! Jesus condena as pessoas de boas maneiras mas de maus hábitos, aqueles hábitos que não se veem mas que se fazem às escondidas. Mas a aparência é certa: esta gente que gostava de passear nas praças, mostrar que rezavam, maquilhar-se com um pouco de debilidade quando jejuavam… Porquê, o Senhor é assim? Vede que são dois os adjetivos que usa aqui, mas que estão ligados: avidez e maldade.”
Também Paulo na outra leitura do dia discute com os Gálatas pelo mesmo motivo: o da sua única preocupação com o cumprimento da lei sem tratar da conversão interior. A lei sozinha não salva e o que vale é a fé que faz obra na caridade – afirmou o Santo Padre:
“Aquilo que vale é a fé. Qual fé? Aquela que se faz obra por meio da caridade.”
O Papa Francisco concluiu a sua homilia contando uma pequena história acontecida com o Padre Arrupe, superior geral dos jesuítas entre anos 60 e 80: um dia uma rica senhora convidou-o a um lugar para lhe dar dinheiro para as missões no Japão, para as quais o Padre Arrupe estava a trabalhar. A entrega foi feita na presença de jornalistas e fotógrafos. O Padre Arrupe disse ter sofrido uma grande humilhação mas aceitou pelos pobres do Japão. Quando abriu o envelope ele continha 10 dólares... Perguntemo-nos – concluiu o Papa – se a nossa “é uma vida cristã de cosmética e de aparência ou é uma vida cristã com uma fé operante na caridade”.


Fonte: Sala de Imprensa do Vaticano

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Francisco: Na oração podemos pedir tudo a Deus, mas Ele dará sempre mais

Na missa em Santa Marta hoje, o Papa explica que o maior dom que o Senhor nos dá é o Espírito Santo e que a Trindade não é uma ideia no ar, mas pessoas reais                             



O "Deus spray" não existe. O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são "uma idéia no ar", mas pessoas reais. Este assunto sempre aparece nas homilias do Papa Francisco, ainda hoje em Santa Marta, o Papa reafirmou que cada pessoa da Trindade está próxima ao homem de uma maneira específica: "Jesus é o companheiro de caminho que nos dá o que pedimos; o Pai que cuida de nós e nos ama; e o Espírito Santo é o dom, é ‘algo mais’ que nos dá o Pai, aquilo que a nossa consciência não ousa esperar."

Porque Deus – destaca o Papa, inspirado no Evangelho do dia – nos dará sempre mais do que aquilo que pedimos na oração: "Deus jamais te dará um presente, algo que você peça, sem algo a mais que o torne mais belo."

E este "algo a mais" que nos dá o Pai Eterno é o Espírito: "Este é o verdadeiro dom do Pai", comentou Francisco. "Eu peço esta graça, peço isto, bato e rezo muito(...) Só espero que me dê isto. E Ele, que é Pai, me dá isto e muito mais: o dom do Espírito Santo".

O Senhor "tem muita misericórdia" - destaca o Papa Francisco -. "É próprio da misericórdia de Deus não apenas perdoar (isso todos nós já sabemos), mas ser generoso e dar mais e mais...". Ele é um amigo, “um amigo de ouro", como aquele da parábola de hoje, que dá tudo o que pede o insistente hóspede noturno.

Jesus, explicando aos seus discípulos sobre o que é a oração, compara a "um homem que à meia-noite foi pedir uma coisa a seu amigo". Ele recorda que o Pai Celestial é o mesmo "que se preocupa com a alimentação dos pássaros do campo", Ele é "o amigo que nos acompanha no caminho da vida", "nos ajuda", "nos dá o que pedimos". E "nos ama muito".

Assim - explica Bergoglio - Cristo "quer despertar a confiança na oração". De fato, pouco depois exorta os discípulos, dizendo: "Peçam e lhes será dado, busquem e achareis, batam e se abrirá; porque quem pede, recebe; quem procura, encontra; e a quem bate, será aberto".

"Isto é oração - diz Francisco-: pedir, tentar entender, bater à porta do coração de Deus". E o Pai "dará o Espírito Santo a quem lhe pedir”. Esta oração é "Trinitária"- sublinha o Papa-.

E concluiu: "Às vezes dizem: Mas você acredita? Sim! Sim!; No que você acredita?; Em Deus!; Mas o que é Deus para você?; Deus, Deus. Mas Deus não existe: Não se escandalize! Deus assim não existe! Existe o Pai, o Filho e o Espírito Santo: são pessoas, não são uma idéia no ar... Este Deus spray não existe! Existem pessoas!".

Fonte: Zenit

Sínodo: Os desafios pastorais da sexualidade aberta à vida


A sétima congregação do sínodo extraordinário sobre a família foi aberta nesta quinta-feira, 9 de outubro, no Vaticano, com o canto da hora terceira. É o quarto dia desta reunião mundial de bispos convocada pelo papa Francisco, que, até 19 de outubro, tratará da situação da família no mundo de hoje. Após o sínodo, haverá ainda consultas às conferências episcopais e, em 2015, outro sínodo focado em sugerir as propostas pastorais que ajudarão o papa nas decisões que ele julgar necessárias.

O bispo de Xai-Xai, em Moçambique, dom Lúcio Andrice Muandula, convidou os participantes a se deixarem “guiar pela sabedoria bíblica num mundo cada vez mais globalizado, onde somos chamados a instaurar um diálogo de fé”. Ele reconheceu que existe hoje o perigo “de perder a confiança em Deus e adotar um estilo de vida completamente pagão” e pediu “ao Bom Deus que ilumine com seu Espírito de sabedoria os trabalhos desta jornada”.

Na pauta desta quinta: “Os desafios pastorais sobre a abertura à vida”, seguindo a ordem do Instrumentum Laboris.
O presidente delegado de turno, o cardeal André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, disse que a mentalidade atualmente dominante dificulta a concepção antropológica cristã favorável aos métodos naturais de controle da natalidade. Ele propôs divulgar com uma nova linguagem e em parceria com o mundo universitário a coerência da visão antropológica proposta pela Igreja. Existem consequências na prática sacramental, observou ele: há casais que acham que os anticoncepcionais não são pecado e recebem a comunhão sem qualquer problema de consciência.
André Vingt-Trois convidou o sínodo a “incentivar a mentalidade aberta à vida para contrapô-la à mentalidade contraceptiva e à difusão de um modelo antropológico individualista, que provocam, em diversas regiões do mundo, uma baixa natalidade e que têm consequências sociais e humanas pouco levadas em consideração”.
O cardeal acrescentou que, neste contexto, “é necessário reconhecer a utilidade das formas de planejamento familiar relacionadas com as dioceses e com as associações familiares”, porque “elas se tornam testemunhos da beleza e do valor da abertura à vida”.
Em seguida, o arcebispo de Paris apresentou os cônjuges brasileiros Arturo e Hermelinda Zamperlini, responsáveis pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Eles estão presentes no sínodo como auditores e hoje deram o seu testemunho sobre a defesa da sexualidade sadia diante do erotismo exacerbado.
Fonte: Zenit

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Papa: "Anjos da guarda existem, ouçamos sua voz!"



Cidade do Vaticano (RV) – Os anjos da guarda existem, não são uma doutrina fantasiosa, mas companheiros que Deus colocou ao nosso lado, no caminho de nossa vida: foi o que disse o Papa Francisco na homilia celebrada na manhã desta quinta-feira, 02, na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebra a memória dos Santos Anjos da Guarda.

“As leituras do dia – afirmou o Papa Francisco – apresentam duas imagens: o anjo e o menino. Deus colocou um anjo ao nosso lado para nos proteger: “Se alguém aqui acredita que pode caminhar sozinho, se engana muito”, cai “no erro da soberbia, acredita ser grande e auto-suficiente”.

Todos nós, segundo a tradição da Igreja, temos um anjo conosco, que nos guarda, nos faz ouvir as coisas. Quantas vezes ouvimos ‘Deveria fazer isso, assim não, tenho que ficar atento...’ Muitas vezes! É a voz do nosso companheiro de viagem. Temos que nos assegurar que ele nos levará até o fim de nossa vida com seus conselhos, temos que dar ouvidos à sua voz, não nos rebelar, pois a rebelião, o desejo de ser independente, todos nós temos isso: é a soberba”.

“Ninguém caminha sozinho e nenhum de nós pode pensar que está só” – prosseguiu o Papa – porque temos sempre “este companheiro”:

E quando nós não queremos ouvir seus conselhos, dizemos ‘vai embora’! Expulsar o companheiro de caminho é perigoso, porque nenhum homem ou mulher pode aconselhar a si mesmo. O Espírito Santo me aconselha, o anjo me aconselha. O Pai disse “Eu mando um anjo diante de ti para guardar-te, para te acompanhar no caminho, para que não erres”.

Papa Francisco concluiu assim a homilia:

Hoje eu pergunto: como está minha relação com o meu anjo da guarda? Eu o escuto? Digo-lhe ‘bom dia’, lhe peço para velar meu sono, falo com ele? Peço conselhos? O anjo está ao meu lado!”.

Por Agência de Notícias do Vaticano

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